Como os nossos distraídos leitores devem ter reparado (ou não), tenho andado ausente da redacção desta vossa excelsa Arca que vos acompanha nos dias de maior torpor intelectual e, quiçá, físico. Pois bem, o facto é que, nos últimos tempos, tenho andado ocupadissímo com a OPA da Sonae sobre a PT. Mais concretamente, sou/fui o responsável máximo pelos croquetes e canapés durante todo este processo.
Agora que tudo terminou, posso finalmente desviar o meu largo intelecto para as coisas menores e merecedoras dos meus brilhantes comentários arcadianos.
Aproveito também para revelar aqui, em primeira mão, que a morte recente da referida OPA deve-se exclusivamente a mim.
Explico:
Estávamos todos na Assembleia Geral de Accionistas da PT. Entre uma tosta de queijo da serra e um quadradinho de lagosta com bechamel e três gotas de tabasco, estava eu a alinhar um prato de croquetes quando me aparece o Belmiro à frente, que me pergunta:
- Então, ó PD , arranja-se aí um patezinho de sardinha? - Foda-se. Foi o suficiente para lhe espetar dois palitos de azeitonas nos olhos. Se há coisa que não suporto é que me tratem por PD. Tapando os olhos com a mão, a chorar sangue como um menino (o maricas!), o cabrão ainda se agarra à tábua de queijos antes de se contorcer no chão como um parvo. Aí passei-me. dei-lhe dois pontapés na cabeça, saltei para o palanque e dirigi-me à Assembleia:
- Vejam bem, exmos srs. accionistas, do que um homem é capaz só para não pagar a factura do telefone. Que vergonha! E mais, os croquetes já estão servidos!
Debandada geral, o presidente da mesa dá por terminada a sessão e enpaturrámo-nos todos até altas horas - depois fomos todos jantar para casa.
PD
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