2007/02/12

Sim, sim

O resultado do referendo de ontem já começa a suscitar reacções no tecido laboral português. Exemplo disto foi a declaração da associação da indústria de calçado do Norte, que, numa nota enviada à Arca, exprime o receio de, graças à despenalização do aborto, vir no futuro a enfrentar grandes dificuldades relativamente à mão-de-obra. «Se não houver crianças para explorarmos, temo que teremos de deslocalizar a produção para a China, onde as crianças são sempre bem empregadas», afirma a representante do sector, mãe de 15, católica, de direita e amante secreta de três padres, dois bispos e 30 cartuxos.

Por outro lado, o ministério da Saúde já veio relativizar a questão e sossegar os receios da indústria do calçado. Segundo uma administrativa do Serviço Nacional de Saúde (a D. Palmira da secretaria), não há nada a temer, pois quando cá vier alguém marcar uma consulta para abortar, quando chegar a altura dessa consulta já o filho produz 15 pares de sapatos por dia.
PD

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