Aqui ficam, neste tempo de férias, duas anedotas clássicas que provam que a estupidez não é um atributo geral apenas dos modernos nem particular dos novos governantes.
Anedota do Eunuco
Um habitante de Abdera, vendo um eunuco conversar com uma mulher, perguntou-lhe se era sua esposa. Quando lhe respondeu que um eunuco não podia ter mulher, ele responde: «então deve ser tua filha.»
O Vendedor Estúpido
Um homem de Cumas tentava vender mel. Chegou uma pessoa, provou o mel e afirmou que era muito bom. O vendedor disse: «Pois é: se um rato não tivesse caído dentro dele, nem sequer o vendia.»
(Philogelos: Der Lachfreund, ed. A. Thierfelder, Munique, 1968.)
PD
2004/07/31
2004/07/28
As grandes ideias da Arca
Para leitura canícula, a Arca aconselha: O homem que era quinta-feira, de G. K. Chesterton. Procurem em qualquer edição, portuguesa ou não. Excelente descrição, quase contemporânea, da paranóia securitária do mundo.
Fica aqui um cheirinho do génio, embora não da obra citada:
«Uma história policial fala geralmente de seis homens vivos a discutir acerca de como um homem morreu. Uma moderna história filosófica fala geralmente acerca de seis homens mortos a discutir acerca de como é que um homem pode estar vivo.»
(Chesterton, onde?, já não faço ideia...)
PD
Fica aqui um cheirinho do génio, embora não da obra citada:
«Uma história policial fala geralmente de seis homens vivos a discutir acerca de como um homem morreu. Uma moderna história filosófica fala geralmente acerca de seis homens mortos a discutir acerca de como é que um homem pode estar vivo.»
(Chesterton, onde?, já não faço ideia...)
PD
De volta após retiro espiritual
Após 3 meses de recuperação epistemológica eis que volta um dos redactores que se voltou para o ostracismo.Radicado em Kuapa Kog num mosteito tibeteano algures entre Katmandu e Laasa este arcadiano regressa para exorcizar novas técnicas zen.Com um apurado Karma e uma filosofia da ponta da navalha prepara-se mais uma vez para tecer e recortar momentos que atormentam os mais incautos. Por outras palavras tenham medo, muito medo pois ninguém está imune... com uma direcção mais especifica para o Jet-leg mas sem descurar outras personalidades. Bem-haja a mim e ao meu sócio que aguentou esta nau que se preparava vertiginosamente para o desembocar caótico.
P.S- Se não tem paciência para ler a introdução resume-se a : estou de volta...foda-se
F.R
P.S- Se não tem paciência para ler a introdução resume-se a : estou de volta...foda-se
F.R
2004/07/27
Quando a cabeça não tem juízo o corpo é que paga...
Ontem um recluso foi violentemente espancado por 15 guardas prisionais, do I.P.L. Albino Libânio, o preso em questão reclamava que tinha direito a comer 3 vezes por dia. Por este andar nem sei onde vamos parar... mas adiante. Mas Albino com esse nome estás à espera de quê...milagres????
F.R
F.R
Ares quentes...
A Arca apurou que o ex-ditador iraquiano, Saddam Hussein anda deprimido e desmoralizado.Tudo porque o ar condicionado da sua cela não está à temperatura ambiente.Olha se o gajo se chamasse Albino????
F.R
F.R
Uma questão de reformar...
Um pensionista alemão desatou aos tiros aos vizinhos. O acto tresloucado ( diz o Der Spielgqqcoisa) do qual resultaram 4 feridos graves deve-se ao descontentamento do germânico.
Mas porque não há pensionistas portugueses com esta mentalidade???? Talvez aumentassem as reformas...sei lá...como diz a Margarida R. Pinto.
F.R
Mas porque não há pensionistas portugueses com esta mentalidade???? Talvez aumentassem as reformas...sei lá...como diz a Margarida R. Pinto.
F.R
Mais fogo e menos conversa...
O fogo que ontem lavrou na A1 apanhou muitos transeuntes desprevenidos. Um deles, acometeu a nossa querida actriz Bárbara Norton de Matos. Esta relatou a sua experiência num matutino... enfim...mas meus amigos o que me interessa se o fogo cortou a estrada se tudo entrou em pânico? Se ao menos a Bárbara fosse queimada, a Joana D' Arc porventura teria mais razões para sorrir...
F.R
F.R
O urânio é pobre...
Um militar português desespera por um transplante.Segundo se consta, terá estado em contacto com urânio emprobrecido.Só mesmo em Portugal nem o urânio é de qualidade...
F.R
F.R
Carro novo ...vida nova
Uma mulher morreu atropelada à porta do stand quando se dirigia para adquirir uma nova viatura. Mas porquê... se estamos em crise?
F.R
F.R
2004/07/23
A revolução
Pois é. Prometemos e aqui está. Mudámos de cara (mas o espírito continua doente) e, como qualquer boa revolução, ainda não nos reconhecemos bem. Não percebemos onde foram parar os comentários, o contador de visitas, o arquivo, os links, etc. Que se lixe, é a revolução! Entramos agora em pleno PRELC (processo revolucionário em lento curso). Prometemos, com tempo, tantar perceber alguma coisa disto!
PD
PD
Deixem as crianças brincar
A mãe de uma aluna do ensino especial recebe em casa a ficha informativa relativa ao final do ano lectivo da filha. Nesta avaliação, no ponto acerca das competências sociais, diz-se que «a aluna mantém boas relações com os colegas».
A mãe, sentindo-se despeitada, decide deslocar-se ao colégio pedir explicações à directora:
– Então, a minha filha tem relações com os colegas? – pergunta ela, agressiva. A directora observa-a, estupefacta e sem saber o que dizer.
– A minha filha anda na escola a ter relações, a foder com os colegas? Que merda de escola é esta? ... Lá por o meu marido andar a comer a minha irmã, não quer dizer que a minha filha seja fodida por toda gente!
A directora engasga-se, pede desculpa e sai da sala. A mãe farta-se de esperar e vai embora. Até à hora de jantar, esperavam-na, com sorte, pelo menos ainda uns bons cinco broches...
PD
A mãe, sentindo-se despeitada, decide deslocar-se ao colégio pedir explicações à directora:
– Então, a minha filha tem relações com os colegas? – pergunta ela, agressiva. A directora observa-a, estupefacta e sem saber o que dizer.
– A minha filha anda na escola a ter relações, a foder com os colegas? Que merda de escola é esta? ... Lá por o meu marido andar a comer a minha irmã, não quer dizer que a minha filha seja fodida por toda gente!
A directora engasga-se, pede desculpa e sai da sala. A mãe farta-se de esperar e vai embora. Até à hora de jantar, esperavam-na, com sorte, pelo menos ainda uns bons cinco broches...
PD
2004/07/22
Novas
Estamos a aproximar-nos das 3000 visitas. A Arca promete novidades.
Por enquanto, nada como dar uma espreitadela a mais um (o 11) número do inominável saca-mulas oriental.
PD
Estamos a aproximar-nos das 3000 visitas. A Arca promete novidades.
Por enquanto, nada como dar uma espreitadela a mais um (o 11) número do inominável saca-mulas oriental.
PD
2004/07/18
Entronização
E lá foi o beija-mão ao novo governo, o qual prometemos desde já fustigar quotidianamente. O cartoon é de Rui Pimentel.
A posse
PD
E lá foi o beija-mão ao novo governo, o qual prometemos desde já fustigar quotidianamente. O cartoon é de Rui Pimentel.
A posse
PD
2004/07/17
Quem segura o Benfica?
Nyon, quase no final do jogo entre o Benfica e o modesto Etoile Carouge da terra dos queijos, dos relógios e das contas bancárias de muitos dos nossos honestos governantes: um simpático espectador, decerto entusiasmado com a (fraca) exibição do Glorioso, entra no campo a correr, acenando alegremente para as televisões. Um pelotão de seguranças inicia a perseguição ao invasor, derruba-o com uma bela placagem e, como bons agentes de segurança, aproveitam para molhar a sopa. O público, dividido entre a indignação e a inveja, invade por sua vez o campo e corre com os seguranças a murros e pontapés.
Foi bonito, sim senhor!
O representante da empresa de segurança já veio a público exigir mais protecção, pois, como nos confidenciou o pacato sr. Jean-Claude von Barbie, «assim não pode ser, não viemos aqui só para ver a bola!»O jogo ficou por aqui e, enquanto os agentes coxeavam e se rebolavam para fora do estádio, a multidão coloria a relva saltitando e cantando, liricamente, «são papoilas saltitantes...»
Nyon, quase no final do jogo entre o Benfica e o modesto Etoile Carouge da terra dos queijos, dos relógios e das contas bancárias de muitos dos nossos honestos governantes: um simpático espectador, decerto entusiasmado com a (fraca) exibição do Glorioso, entra no campo a correr, acenando alegremente para as televisões. Um pelotão de seguranças inicia a perseguição ao invasor, derruba-o com uma bela placagem e, como bons agentes de segurança, aproveitam para molhar a sopa. O público, dividido entre a indignação e a inveja, invade por sua vez o campo e corre com os seguranças a murros e pontapés.
Foi bonito, sim senhor!
O representante da empresa de segurança já veio a público exigir mais protecção, pois, como nos confidenciou o pacato sr. Jean-Claude von Barbie, «assim não pode ser, não viemos aqui só para ver a bola!»O jogo ficou por aqui e, enquanto os agentes coxeavam e se rebolavam para fora do estádio, a multidão coloria a relva saltitando e cantando, liricamente, «são papoilas saltitantes...»
PD
2004/07/14
Mitomanias
tss, tss
Afinal, o pretenso ataque racista a uma mulher num comboio francês, que tanta tinta fez correr, não passou de um delírio da queixosa e, ao que parece, não terá sido a primeira vez que a senhora sonha que é violentada e agredida por um grupo de magrebinos.
Ao que a Arca conseguiu apurar, Marie L. já terá recebido expressões de solidariedade de Bush e de Blair, outros dois conhecidos dementes que partilham este mesmo tipo de fantasia urbana.
PD
tss, tss
Afinal, o pretenso ataque racista a uma mulher num comboio francês, que tanta tinta fez correr, não passou de um delírio da queixosa e, ao que parece, não terá sido a primeira vez que a senhora sonha que é violentada e agredida por um grupo de magrebinos.
Ao que a Arca conseguiu apurar, Marie L. já terá recebido expressões de solidariedade de Bush e de Blair, outros dois conhecidos dementes que partilham este mesmo tipo de fantasia urbana.
PD
2004/07/13
2004/07/10
2004/07/08
Prevenção dos Fogos
Mais uma genial ideia da fantástica administração americana, que podia muito bem ser seguida pelo nosso igualmente mirabolante governo para acabar com o problema dos incêndios florestais.
Tom Toles
Cartoon gentilmente emprestado por Tom Toles e surripiado daqui.
PD
Mais uma genial ideia da fantástica administração americana, que podia muito bem ser seguida pelo nosso igualmente mirabolante governo para acabar com o problema dos incêndios florestais.
Tom Toles
Cartoon gentilmente emprestado por Tom Toles e surripiado daqui.
PD
2004/07/06
Para acabar de vez com o ciclo grego da Arca, aqui fica uma anedota desses cagadores de azeitonas:
Esperteza grega
Três Gregos e três Turcos vão fazer uma viagem de comboio para assistir a uma conferência. Na estação, os três Turcos compram os seus bilhetes e reparam que os três Gregos só compram um. «Como é que três pessoas vão viajar só com um bilhete?» pergunta um dos Turcos. «Já vais ver», responde um Grego. Entram todos no comboio. Os Turcos ocupam os seus respectivos lugares, mas os três Gregos enfiam-se numa casa de banho e trancam a porta. Pouco depois da partida do comboio, vem o revisor pedir os bilhetes. Bate na porta da casa de banho e diz «Bilhete, por favor.» A porta abre-se o suficiente apenas para passar um braço com um bilhete na mão. O revisor vê o bilhete e vai-se embora. Os Turcos observam a cena e chegam à conclusão de que se trata de um esperto estratagema. Assim, após a conferência, os Turcos resolvem imitar os Gregos na viagem de volta e poupar algum dinheiro. Quando chegam à estação, compram apenas um bilhete para a viagem. Para espanto dos Turcos, os Gregos não compram bilhete nenhum. «Como é que vocês vão viajar sem bilhete?, pergunta um perplexo Turco. «Já vais ver», responde um Grego. Quando entram no comboio, os três Turcos enfiam-se na casa de banho e os três Gregos enfiam-se noutra ao lado. O comboio inicia a sua viagem. Pouco depois, um dos Gregos sai da casa de banho e dirige-se à casa de banho onde se escondem os Turcos. Bate à porta e diz: «bilhete, por favor».
PD
Esperteza grega
Três Gregos e três Turcos vão fazer uma viagem de comboio para assistir a uma conferência. Na estação, os três Turcos compram os seus bilhetes e reparam que os três Gregos só compram um. «Como é que três pessoas vão viajar só com um bilhete?» pergunta um dos Turcos. «Já vais ver», responde um Grego. Entram todos no comboio. Os Turcos ocupam os seus respectivos lugares, mas os três Gregos enfiam-se numa casa de banho e trancam a porta. Pouco depois da partida do comboio, vem o revisor pedir os bilhetes. Bate na porta da casa de banho e diz «Bilhete, por favor.» A porta abre-se o suficiente apenas para passar um braço com um bilhete na mão. O revisor vê o bilhete e vai-se embora. Os Turcos observam a cena e chegam à conclusão de que se trata de um esperto estratagema. Assim, após a conferência, os Turcos resolvem imitar os Gregos na viagem de volta e poupar algum dinheiro. Quando chegam à estação, compram apenas um bilhete para a viagem. Para espanto dos Turcos, os Gregos não compram bilhete nenhum. «Como é que vocês vão viajar sem bilhete?, pergunta um perplexo Turco. «Já vais ver», responde um Grego. Quando entram no comboio, os três Turcos enfiam-se na casa de banho e os três Gregos enfiam-se noutra ao lado. O comboio inicia a sua viagem. Pouco depois, um dos Gregos sai da casa de banho e dirige-se à casa de banho onde se escondem os Turcos. Bate à porta e diz: «bilhete, por favor».
PD
2004/07/05
As vantagens da derrota
Apesar de tudo, temos de agradecer aos Gregos por nos ajudarem a regressar à realidade das coisas. Tivéssemos ganho o Europeu, iríamos continuar o resto do ano em festa e sem governo, e sem que ninguém desse por isso! Quando acordássemos desse sono opiáceo, lá para Janeiro (temos de contar com os festejos de fim-de-ano), dar-nos-íamos conta de que, do país, restariam apenas as bandeiras, símbolos de nada e de coisa nenhuma.
E, para que o campeonato nacional que se aproxima não seja outra fonte de possíveis distracções, o Benfica dá uma achega ao contratar Trappatoni para treinador, o ex-responsável pela selecção italiana, que tinha um futebol ainda mais aborrecido que o dos Gregos!
Boa, Felipão, já lixámos o Barroso
PD
Apesar de tudo, temos de agradecer aos Gregos por nos ajudarem a regressar à realidade das coisas. Tivéssemos ganho o Europeu, iríamos continuar o resto do ano em festa e sem governo, e sem que ninguém desse por isso! Quando acordássemos desse sono opiáceo, lá para Janeiro (temos de contar com os festejos de fim-de-ano), dar-nos-íamos conta de que, do país, restariam apenas as bandeiras, símbolos de nada e de coisa nenhuma.
E, para que o campeonato nacional que se aproxima não seja outra fonte de possíveis distracções, o Benfica dá uma achega ao contratar Trappatoni para treinador, o ex-responsável pela selecção italiana, que tinha um futebol ainda mais aborrecido que o dos Gregos!
Boa, Felipão, já lixámos o Barroso
PD
2004/07/04
À guisa de Grego
Epitáfio de Hípon
Hiponos tode sema, ton atanatoisi teoisin ison epoiesen Moira kataftimenon
Tradução:
Este é o túmulo de Hípon, a quem, quando morreu, o Destino tornou igual aos deuses imortais
ou
Este é o túmulo de Hípon, que o Destino tornou tão morto como os deuses imortais.
É o que a Arca deseja mais logo aos amigos gregos!
PD
Epitáfio de Hípon
Hiponos tode sema, ton atanatoisi teoisin ison epoiesen Moira kataftimenon
Tradução:
Este é o túmulo de Hípon, a quem, quando morreu, o Destino tornou igual aos deuses imortais
ou
Este é o túmulo de Hípon, que o Destino tornou tão morto como os deuses imortais.
É o que a Arca deseja mais logo aos amigos gregos!
PD
2004/07/02
Em Memória
A Arca, apesar de tudo, reconhece os GRANDES
Sophia de Mello Breyner Andresen, 1919-2004
Sophia
A Hora da Partida
A hora da partida soa quando
Escurecem o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.
A hora da partida soa quando
As árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse.
Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Marlon Brando, 1924-2004
Marlon Brando
Recebeu uma proposta que não pôde recusar...
PD
A Arca, apesar de tudo, reconhece os GRANDES
Sophia de Mello Breyner Andresen, 1919-2004
Sophia
A Hora da Partida
A hora da partida soa quando
Escurecem o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.
A hora da partida soa quando
As árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse.
Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Marlon Brando, 1924-2004
Marlon Brando
Recebeu uma proposta que não pôde recusar...
PD
2004/07/01
Lição de História
Comentário de alguém da RTP, infelizmente não identificado por nós, após a meia-final Portugal-Holanda: «foi um jogo mais ou menos épico»!
Perguntamos: que raio é um jogo mais ou menos épico?
Indo aos arquivos do subsolo aqui da Arca (uns pergaminhos que trouxemos de Bagdad no ano passado, que o vendedor, um antigo torcionário russo e agora membro clandestino da Grennpeace, nos garantiu virem directamente das mãos de um bombeiro que terá lutado no incêndio da biblioteca de Alexandria), descobrimos um antigo relato de uma conversa entre Homero e o seu editor da altura, o judeu helenizado Jacob Querdálios. Neste valioso documento, segundo a nossa tradução da versão egípcia, diz-se:
Homero chega ao gabinete do editor com um saco cheio de pergaminhos e deposita-os em cima das costas de um escravo núbio.
– Meu caro Homero, então o que o traz por cá desta vez? Temos livro novo?
O escritor, olhando cegamente com as mãos para uma vestal que estava sentada em cima da mesa, afirma, timidamente:
– Pois, chama-se Odisseia!
– Não me diga que temos aí uma epopeia – diz o judeu.
– É, mais ou menos...
Mais uma vez, é assim que a História explica um comentário que, à partida, nos poderia parecer estranho, apenas e unicamente por falta de cultura nossa, claro!
PD
Comentário de alguém da RTP, infelizmente não identificado por nós, após a meia-final Portugal-Holanda: «foi um jogo mais ou menos épico»!
Perguntamos: que raio é um jogo mais ou menos épico?
Indo aos arquivos do subsolo aqui da Arca (uns pergaminhos que trouxemos de Bagdad no ano passado, que o vendedor, um antigo torcionário russo e agora membro clandestino da Grennpeace, nos garantiu virem directamente das mãos de um bombeiro que terá lutado no incêndio da biblioteca de Alexandria), descobrimos um antigo relato de uma conversa entre Homero e o seu editor da altura, o judeu helenizado Jacob Querdálios. Neste valioso documento, segundo a nossa tradução da versão egípcia, diz-se:
Homero chega ao gabinete do editor com um saco cheio de pergaminhos e deposita-os em cima das costas de um escravo núbio.
– Meu caro Homero, então o que o traz por cá desta vez? Temos livro novo?
O escritor, olhando cegamente com as mãos para uma vestal que estava sentada em cima da mesa, afirma, timidamente:
– Pois, chama-se Odisseia!
– Não me diga que temos aí uma epopeia – diz o judeu.
– É, mais ou menos...
Mais uma vez, é assim que a História explica um comentário que, à partida, nos poderia parecer estranho, apenas e unicamente por falta de cultura nossa, claro!
PD
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