2006/09/25

A Divina Paródia

Louvamos o esforço de César das Neves por tentar animar-nos estas segundas-feiras cinzentas. Ao princípio da semana podemos contar sempre com mais uma peça de puro delírio cómico deste grande fundador das Produções Fictícias e antigo guionista espiritual dos Parodiantes de Lisboa. (Chegou a fazer as vozes do inspector Ventoinha!). Mas aqui fica um pequeno excerto do texto de hoje:
"No entanto, o reino por excelência deste tipo de intervenção são os blogs. Essa curiosa realidade, que democratizou a informação e o debate, fez também explodir o disparate, o mau gosto, a maledicência.
A peça fundamental do estilo é o ódio. Qualquer dessas histórias centra-se sempre em alguém que se detesta. Os adeptos querem mesmo acreditar o pior de Bush, Santana Lopes, da GM ou da Igreja. Por isso, mais do que confiar na tese, eles proclamam a sua fúria e assim tornam-se fanáticos. Quanto mais louca for a teoria, maior o fervor. A raiva, não a lógica, é o cimento que mantém o edifício."
Ó negro senhor das Neves, será preciso ser adepto da teoria da conspiração para odiar as pessoas (individuais ou colectivas) que cita? E por que se esqueceu da sua própria pessoa como alvo do ódio? (humildade católica, talvez...)
De facto, se este mundo tivesse lógica, não seria a raiva que o atacaria, mas o verdadeiro cimento, caindo-lhe pelos cornos abaixo e transformando-o numa estátua à mais ignóbil estupidez humana...
PD

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