Comunicado dos ditadores absolutos e maravilhosos na sua graciosidade e mais...
Aqui estamos de volta, depois de um curto interregno não anunciado, o qual, porém, passamos já a explicar, esperando desde já ser desculpados e agraciados por tão abrupta ausência.
Acontece que, quando nos preparávamos para cobrir, tal como prometemos e nos preparámos, o resto do rock in rio e, claro, o euro2004, fomos de repente convidados por um russo, amigo comum, para uma típica e entusiasmante matança da foca, na ilha de Sptizberg, lá muito em cima no mar gelado do norte, e, além disso,o vodka era à discrição. Talvez pelo atractivo do sangue quente daqueles doces bichos a fumegar sobre o gelo, ou talvez apenas pela evocação do dito gelo a nadar nos copos de vodka, a verdade é que não resistimos e partimos imediatamente à aventura, cheios de sonhos com brancas paisagens geladas numa mão e o arpão na outra.
Foram dias duros, ainda que ricos em ensinamentos e regras de boa vida. Para provar toda a nossa tramóia, aqui está uma foto de FR em acção (note-se todo o gelo em seu redor).
mais um dia aborrecido
Os bichos portaram-se bem, coitados, e o porão ainda tinha duas grades de vodka quando voltámos a Vladevostok. Daqui, rumámos para sul e fomos vender pentes na Nova Guiné. Trocámos todo o carregamento por espelhos e missangas, o que nos pagou depois o jantar marsupial em Sidney. Daqui, apanhámos o comboio para Campanhã e chegámos, de metro, a Lisboa, hoje de manhazinha, mesmo a tempo de pôr este vosso «poste».
Agora pergunta o leitor amigo, arcadiano: por que raio não passaram por um qualquer webcafé e não fizeram uns «postes» pelo caminho, narrando e descrevendo tão exaltantes aventuras?
E nós respondemos: a única desculpa que arranjamos é o facto de nenhum de nós se lembrar da password para entrar no blogger e assim poder «postar». Aqui, na redacção, só nos recordamos desses enigmas securitários porque estão escritos em corpo garrafal mesmo à nossa frente, escarrapachados na parede e nas costas das (boas) empregadas que nos vão enchendo os copos e esvaziando os outros.
Um dia, talvez vos contaremos outros bonitos episódios deste tão recreativo passeio. Por agora, voltamos ao país do futebol, depois de, à chegada, termos sido surpreendidos pela proliferação de bandeiras lusitanas. Pensámos logo que uns terroristas tinham rebentado com o mercado do Bulhão, mas agora sabemos que a ideia é só foder os espanhóis. Achamos bem. Fiquem por aqui, que nós também, a ver o que se passa e, claro, a mostra-vos toda a verdade das coisas!
Anunciamos também que passamos a ser os ditadores absolutos maravilhosos na sua graciosidade e mais... deste pasquim, pois a administração, que insistiu em acompanhar-nos na viagem, foi, dramaticamente e já à chegada a Lisboa, confundida com um grupo tresmalhado de focas... Como seria de esperar, depois de tamanho arrebatamento, nós próprios nos encarregámos de lhes dar o merecido descanso, já não com o arpão, mas com duas garrafas vazias na nuca, que permaneciam, inúteis, nas nossas mãos.
P’los ditadores,
PD
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