Apresentamos aqui, em exclusivo absoluto, a fantástica entrevista com o Professor Marcelo, onde o comentador revela pela primeira vez factos nunca antes divulgados!!
Foi num nicho escuro e frio de uma recatada sinagoga de Lisboa que combinámos o encontro para esta entrevista com o Professor Marcelo (ainda propusemos conversar à volta de um Kebab, no Joshuas’s do Martim Moniz, mas Marcelo insistiu no templo hebraico).
Disfarçados de rabis, com barba e trancinhas até aos joelhos, lá fomos, de cabeça baixa sempre a abanar, encontrar-nos com o homem que o laico e cristalino governo de Santana Lopes acusa de estar a montar uma cabala contra si.
Arca: Sr. Prof., confirma que sofreu pressões para acabar com os seus comentários, ou tudo isto não passa realmente de uma cabala contra o governo, montada por si e pela comunicação social?
Prof.: Uma cabala? Aarão seja louvado! Já não ouvia um disparate assim desde que me pediram para fazer as férias do burro da Júlia Pinheiro!
Arca: Portanto confirma que o mandaram calar?
Prof.: Espere aí que já conto tudo. (Marcelo saca de um pequeno pergaminho amarrotado que guardava escondido dentro do sapato.) Veja isto! Recebi este bilhetinho que estava colado ao fundo de uma prenda que me fora oferecida pelo meu amigo Júlio Magalhães. O bilhete diz: «quem irá aos céus por nós?, Deuteronómio 30, 12». Intrigado, passei a noite a aprender hebraico e li a Torah na manhã seguinte. Então compreendi!
Arca: Mas espere aí, Professor, está a dizer-nos que aprendeu hebraico numa só noite?
Prof.: Ora, aquilo nem tem vogais, foi num instante. Ainda tive tempo para ver o jogo do Porto, em diferido claro, pois a essa hora ainda estava no Guincho a dar uma surfadela. (Marcelo interrompe o discurso para comer umas estranhas pastilhas azuis com bonequinhos). Mas deixe-me continuar. Li aquela frase em hebraico e, seguindo a técnica do acróstico ou notariqon, deu-me a palavra MYLH, que significa «circuncisão»! Agora diga-me lá, de quem é a cabala? Querem-me cortar o prepúcio, os cabrões!
Arca: Mas, então, por que razão o Prof. não denunciou logo essas pressões, pondo assim em xeque o governo?
Prof.: Meus, amigos, o prepúcio ninguém mo tira! Além disso, só acedi dar esta entrevista à Arca porque tenho a certeza de que aqui ninguém me vai ler!
Arca: Nesse caso, o Prof. não quer vir escrever regularmente para a Arca? Não pagamos nada, mas, por outro lado, temos muitas daquelas pastilhas azuis de que o Prof. tanto gosta...
Prof.: Será um prazer! Aceito com todo o gosto. Vamos até ali ao Joshua’s selar o nosso acordo, ouvi dizer que há lá umas pitas que até faziam chorar o monte Sinai!
Lá fomos e assim terminámos a nossa entrevista. Infelizmente, a redacção da Arca começou hoje mesmo a receber algumas notas anónimas em hebraico com ar ameaçador. Como nada percebemos desta língua, pelo sim pelo não resolvemos cancelar o nosso convite ao Professor, que nos transmitiu o seu pesar e nos mandou felicidades. Quanto a nós, mandamos-lhe um saquinho de pastilhas azuis...
À despedida, ainda tivemos tempo para tirar uma fotografia ao nosso entrevistado.
Marcelo, à saída do Joshua's
Foi num nicho escuro e frio de uma recatada sinagoga de Lisboa que combinámos o encontro para esta entrevista com o Professor Marcelo (ainda propusemos conversar à volta de um Kebab, no Joshuas’s do Martim Moniz, mas Marcelo insistiu no templo hebraico).
Disfarçados de rabis, com barba e trancinhas até aos joelhos, lá fomos, de cabeça baixa sempre a abanar, encontrar-nos com o homem que o laico e cristalino governo de Santana Lopes acusa de estar a montar uma cabala contra si.
Arca: Sr. Prof., confirma que sofreu pressões para acabar com os seus comentários, ou tudo isto não passa realmente de uma cabala contra o governo, montada por si e pela comunicação social?
Prof.: Uma cabala? Aarão seja louvado! Já não ouvia um disparate assim desde que me pediram para fazer as férias do burro da Júlia Pinheiro!
Arca: Portanto confirma que o mandaram calar?
Prof.: Espere aí que já conto tudo. (Marcelo saca de um pequeno pergaminho amarrotado que guardava escondido dentro do sapato.) Veja isto! Recebi este bilhetinho que estava colado ao fundo de uma prenda que me fora oferecida pelo meu amigo Júlio Magalhães. O bilhete diz: «quem irá aos céus por nós?, Deuteronómio 30, 12». Intrigado, passei a noite a aprender hebraico e li a Torah na manhã seguinte. Então compreendi!
Arca: Mas espere aí, Professor, está a dizer-nos que aprendeu hebraico numa só noite?
Prof.: Ora, aquilo nem tem vogais, foi num instante. Ainda tive tempo para ver o jogo do Porto, em diferido claro, pois a essa hora ainda estava no Guincho a dar uma surfadela. (Marcelo interrompe o discurso para comer umas estranhas pastilhas azuis com bonequinhos). Mas deixe-me continuar. Li aquela frase em hebraico e, seguindo a técnica do acróstico ou notariqon, deu-me a palavra MYLH, que significa «circuncisão»! Agora diga-me lá, de quem é a cabala? Querem-me cortar o prepúcio, os cabrões!
Arca: Mas, então, por que razão o Prof. não denunciou logo essas pressões, pondo assim em xeque o governo?
Prof.: Meus, amigos, o prepúcio ninguém mo tira! Além disso, só acedi dar esta entrevista à Arca porque tenho a certeza de que aqui ninguém me vai ler!
Arca: Nesse caso, o Prof. não quer vir escrever regularmente para a Arca? Não pagamos nada, mas, por outro lado, temos muitas daquelas pastilhas azuis de que o Prof. tanto gosta...
Prof.: Será um prazer! Aceito com todo o gosto. Vamos até ali ao Joshua’s selar o nosso acordo, ouvi dizer que há lá umas pitas que até faziam chorar o monte Sinai!
Lá fomos e assim terminámos a nossa entrevista. Infelizmente, a redacção da Arca começou hoje mesmo a receber algumas notas anónimas em hebraico com ar ameaçador. Como nada percebemos desta língua, pelo sim pelo não resolvemos cancelar o nosso convite ao Professor, que nos transmitiu o seu pesar e nos mandou felicidades. Quanto a nós, mandamos-lhe um saquinho de pastilhas azuis...
À despedida, ainda tivemos tempo para tirar uma fotografia ao nosso entrevistado.
Marcelo, à saída do Joshua's
PD